Para manter a piscina saudável, é fundamental que todos os equipamentos necessários ao seu funcionamento estejam trabalhando perfeitamente. Componentes como a motobomba, o filtro e o ralo de piscina exigem alguns cuidados e uma manutenção preventiva periódica para realizar sua função direitinho e manter a água sempre límpida e pura.
Neste artigo, vamos falar sobre a importância do ralo de piscina, quais são os riscos associados a ele e como evitá-los, quais são as normas técnicas que regem os ralos e como deve ser feita a manutenção desse importante equipamento. Confira!
O ralo da piscina é um elemento importantíssimo para manter a água limpa, ajudando a absorver sujeiras e resíduos. Ele realiza a sucção de todas as partículas que chegam ao fundo da piscina e contribui para a circulação e a filtração da água.
O equipamento deve ser escolhido com base no volume da piscina, na potência da motobomba utilizada (pois eles trabalharão em conjunto), no sistema de filtragem adotado e no tipo de piscina – de alvenaria, vinil ou fibra.
As medidas do ralo precisam ser compatíveis com o tamanho da piscina e o equipamento deve apresentar válvulas de controle para regular o fluxo de água. O ideal é que ele tenha a borda arredondada e seja feito em um material resistente, como inox ou PVC reforçado. Assim, terá uma vida útil mais longa.
Porém, só comprar e instalar um ralo no fundo da piscina não basta. É preciso tomar alguns cuidados para mantê-los seguros e funcionando da maneira adequada.
Quando não usado corretamente, o ralo de piscina pode oferecer alguns riscos. O principal deles é o banhista ficar preso no ralo pelos cabelos durante um mergulho. Como o equipamento realiza a sucção da água com bastante força, existe o risco de ser puxado, não conseguir submergir e acabar se afogando.
Outro acidente que pode ocorrer é a pessoa encostar ou pisar no ralo e ter a pele sugada, sobretudo se a grade de proteção estiver mal posicionada. Também é comum incidentes com acessórios, como pulseiras, colares e relógios sendo puxados pelo ralo.
Por esse motivo, nunca se deve deixar crianças brincando sozinhas na piscina, já que elas estão mais suscetíveis a esse tipo de acidente. Não permita que elas mergulhem perto do ralo e garanta que haja sempre um adulto de olho. Mas não se engane: adultos também precisam ter cuidado com o ralo de piscina, já que a força de sucção é suficiente para puxar os cabelos e agarrá-los.
Em caso de qualquer acidente, a recomendação é ir até o motor da piscina e desligá-lo para que o ralo pare de sugar. Caso os cabelos da vítima tenham ficado presos e ela não consiga se soltar, a solução é cortá-los.
Felizmente, existem algumas medidas simples que podem ser tomadas para reduzir os riscos e aumentar a segurança do ralo de piscina. É sobre elas que trataremos a seguir.
A principal medida para tornar os ralos de piscina mais seguros é instalar dois ralos interligados a uma distância de 1,5 metro um do outro. Dessa forma, diminui-se a pressão e facilita a retirada de cabelos ou membros do corpo que ficarem presos. Também é importante cuidar para que o ralo esteja sempre com a tampa ou grade.
Outra medida útil é a instalação de uma grelha de anti-aprisionamento no ralo para evitar que os banhistas tenham seus cabelos presos. O escoamento deve ser realizado através das aberturas dessas grelhas, a uma velocidade máxima de 0,5 m/s.
Além disso, pode ser interessante utilizar bombas de filtração de potência reduzida para que o ralo não realize a sucção com tanta força. Mas atenção: a bomba ainda deve ser potente o bastante para garantir uma circulação eficiente da água.
Paralelamente a isso, pode-se avaliar a possibilidade de instalar um disjuntor ou chave magnética perto da área da piscina para que, caso um banhista seja sugado pelo ralo, a energia seja interrompida facilmente.
Fazer uso de uma touca de natação ajuda a evitar que os cabelos sejam aprisionados no ralo ao mergulhar na piscina. Também é importante retirar qualquer acessório que possa ficar preso, como pulseiras e relógios.
Vale, ainda, manter o caminho até a casa de máquinas totalmente livre. Assim, se um acidente ocorrer, será fácil acessar o local e desligar o motor. Inclusive, o ideal é que o motor sempre esteja desligado enquanto a piscina estiver sendo usada.
Além disso, é preciso fazer o dimensionamento correto dos equipamentos e tubulações para não potencializar os riscos relacionados ao ralo de piscina. Por isso, na hora de ir às compras, verifique se os equipamentos são compatíveis com o volume de sua piscina.
A principal norma técnica que rege o uso de ralos é a NBR 10339 da ABNT, que estipula os parâmetros aplicáveis à instalação e à manutenção de ralos de piscina no Brasil inteiro.
Entre outras coisas, ela recomenda a instalação de uma grelha anti-aprisionamento ou de dois ralos sugadores. Outro requisito da norma diz respeito à velocidade máxima de escoamento, que, como dito, deve ser de 0,5 m/s.
Além da NBR 10339, há decretos específicos sobre ralos de piscina: informe-se a respeito do decreto nº 13.166, de 23 de janeiro de 1979, no estado de São Paulo, e do decreto nº 5.499, de 9 de junho de 1972, no estado do Rio de Janeiro. Ambos têm valor de lei e regulam tudo relativo ao uso dos ralos.
Para garantir um perfeito funcionamento, é imprescindível inspecionar o ralo de piscina semanalmente e garantir que não haja nenhum defeito nem entupimento. Afinal, as partículas podem se acumular ali e acabar obstruindo o ralo, o que prejudica a drenagem da piscina.
Caso haja obstrução, remova qualquer sujeira, detritos ou bloqueios que possam estar entupindo o ralo com o auxílio de uma escova ou um limpador de ralos para eliminar qualquer acúmulo.
Essa checagem é importante porque garante a eficácia do equipamento. Entre outras coisas, você deve conferir se o poder de sucção está dentro dos parâmetros especificados pelo fabricante e se os dois ralos estão conectados, de modo que a água atravesse o filtro e percorra até a tubulação de retorno.
Como toda a sujeira que cai na piscina passa pelo ralo, é claro que também é necessário mantê-lo sempre limpo. Para isso, você deve utilizar um produto específico para a limpeza de ralos regularmente.
A frequência depende de fatores como o tipo de ralo, as condições climáticas e a intensidade de uso. Mas, em geral, é seguro dizer que a limpeza da piscina deve ser feita pelo menos uma vez por semana. Isso vai evitar que os detritos se acumulem e assim facilitar sua rotina de limpeza.
Além disso, verifique regularmente a tampa do ralo para garantir que ela esteja em boas condições. Substitua-a se estiver danificada ou desgastada para evitar acidentes.
Outro ponto importante é realizar a manutenção preventiva do ralo da piscina regularmente. O ideal é contar com a ajuda de um profissional especializado para fazer isso, já que ele conhece bem as técnicas que devem ser utilizadas e saberá fazer reparos ou a troca do ralo se necessário.
Lembre-se de que a manutenção deve abranger não só o ralo como também os demais componentes da piscina, como o filtro e a motobomba. Dê uma atenção especial ao sistema de filtragem da piscina para garantir que esteja funcionando corretamente. Afinal, um filtro obstruído pode causar um acúmulo de sujeira no ralo.
Dica bônus: lembre-se de que você precisa cuidar bem da piscina como um todo, e isso inclui uma intensa rotina de limpeza e tratamento. Para isso, é preciso usar produtos e equipamentos de boa qualidade, duráveis e eficazes, como os produtos da Nautilus.
Como vimos, o ralo de piscina é um equipamento essencial para manter o ecossistema da piscina saudável, atuando em conjunto com o filtro e a motobomba.
Para que ele continue desempenhando sua função com eficiência e segurança, é necessário tomar alguns cuidados, limpá-lo regularmente e manter a manutenção em dia.
Além disso, é preciso adotar algumas medidas de segurança para evitar acidentes com o ralo, como instalar grelhas de proteção, usar touca de natação, retirar todos os acessórios antes de entrar na piscina e não deixar as crianças mergulharem sozinhas. Também é fundamental seguir os critérios estabelecidos na NBR 10339 da ABNT.
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