Um mito bastante comum é que é necessário esvaziar a piscina em situações em que ela ficará ociosa por algum tempo (como no inverno), ou até mesmo quando o tratamento não foi feito da forma adequada e a água ficou turva e esverdeada. No entanto, manter a piscina vazia traz riscos à estrutura e à segurança, e é uma prática que deve ser evitada. Mas você sabe o porquê?
Neste artigo, vamos explicar por que deixar sua piscina vazia não é uma boa ideia, apresentar as péssimas consequências de esvaziar a piscina por longos períodos e contar quais são as situações que realmente exigem o esvaziamento do tanque. Também vamos compartilhar dicas para esvaziar a piscina com segurança quando for necessário. Acompanhe!
O principal motivo para manter a piscina cheia é que a pressão da água ajuda a manter o equilíbrio da estrutura. As paredes do tanque não são feitas (só) para conter a água da piscina, mas sim para conter o terreno ao redor, que exerce pressão sobre a área escavada.
Assim, a água atua para manter a estrutura perfeitamente equilibrada e a integridade da construção. Sem ela, além de danos no revestimento, é possível ocorrerem deformações, rachaduras e outros problemas que põem em risco a segurança dos usuários.
Além da questão estrutural, que exploraremos mais a fundo no tópico seguinte, há outras contraindicações ao esvaziamento da piscina, como, por exemplo, o alto custo de uma drenagem completa.
Há que se pensar também no desperdício de água que acontece ao esvaziar a piscina inteira e enchê-la novamente. É uma prática que não é nada sustentável e que deve ser evitada também pelo bem do meio ambiente.
Quando a piscina é bem construída, há um somatório de forças atuando sobre ela: o da terra, empurrando para dentro, e o da água, empurrando para fora. É necessário que essa equação esteja em perfeito equilíbrio, caso contrário, a piscina apresenta rachaduras e deformações.
No caso de uma piscina de vinil, esvaziá-la pode levar a um colapso total no revestimento em pouco tempo, já que o peso das paredes da piscina, somado à exposição solar, desestabilizam toda a estrutura.
Já no caso de uma piscina de concreto, fibra de vidro ou alvenaria, a pressão hidrostática do solo, que a água ajuda a manter, vence a resistência do revestimento. Isso faz com que a estrutura deforme as paredes e crie rachaduras, deslocando o encanamento e prejudicando a integridade da piscina.
Assim, se você quer evitar danos estruturais permanentes à sua piscina, é importante jamais a esvaziar. Mesmo se estiver muito suja, saiba que existem maneiras muito mais efetivas de recuperá-la do que simplesmente drenar o tanque. Quando ao mito de que é necessário esvaziar a piscina no inverno, falaremos disso a seguir.
Esvaziar a piscina no inverno pode ter consequências muito ruins: danos ao revestimento (seja vinil, porcelana ou azulejos), rachaduras, fissuras, entre outros problemas.
Por isso, mesmo com os riscos relacionados ao congelamento em locais extremamente frios, não adianta manter a piscina vazia nos períodos mais gélidos do ano. Por sorte, aqui no Brasil, é muito difícil alcançarmos temperaturas tão baixas que de fato prejudiquem a integridade da piscina.
Existem, no entanto, algumas situações em que realmente há a recomendação de esvaziar a piscina. Por exemplo, quando é necessário fazer reparos estruturais, como reformas no revestimento ou consertos na estrutura da piscina.
Pode ser necessário esvaziar o tanque também em caso de troca de revestimento ou em reformas muito complexas. Além disso, quando há problemas com o sistema de filtragem pode ser necessário deixar a piscina vazia temporariamente para fazer o conserto ou substituição do filtro.
Mas, como você pode ver, são situações muito específicas e pontuais. Mesmo quando é de fato necessário esvaziar a piscina, isso deve ser feito com segurança e a piscina deve ficar vazia o mínimo de tempo possível. Confira a seguir como esvaziar a piscina de forma segura e evitar danos.
A piscina só deve ser esvaziada em último caso. Se for necessário, deve-se planejar bem e utilizar os equipamentos adequados, como uma bomba submersível, mangueiras de drenagem e acessórios de limpeza.
O primeiro passo é desligar todo o sistema de filtragem e, em seguida, remover todos os detritos. Em seguida, posicionar a bomba submersível e começar a drenagem.
É importante monitorar o nível da água ao longo de todo o processo e, quando estiver quase no final, desligar a bomba. O restante da água que a bomba não conseguiu drenar deve ser removido com a ajuda de baldes.
O mais indicado é consultar um especialista e contar com ajuda profissional. Assim, você evita danos à sua piscina e outros problemas.
Como vimos, manter a piscina vazia por um longo tempo definitivamente não é uma boa escolha! Esvaziar a piscina sem necessidade pode prejudicar a estrutura e comprometer a segurança da construção. Portanto, nada de drenar sua piscina mesmo em momentos de ociosidade, viu?
O mesmo conselho também vale para quando as condições da água da piscina estão precárias. Muitas vezes, a limpeza e o tratamento químico não são realizados da forma correta ou na periodicidade adequada, o que leva a água a ficar verde, suja e turva. Mesmo quando a situação parecer calamitosa, existem alternativas bem melhores do que esvaziar a piscina toda.
Existem tratamentos de choque, produtos e equipamentos eficazes para recuperar a saúde da sua piscina e evitar que ela precise ser esvaziada. Agora, o melhor mesmo é cuidar para que ela se mantenha limpa e saudável e não chegue a esse estado crítico.
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